sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sobre a contradição...







A contradição faz parte da realidade que nos cerca. Não há como dela fugir ou escapar. Seja quando encontramos a pessoa certa no momento errado, ou encontramos a pessoa errada no momento certo. Seja quando falamos a coisa certa no momento errado, ou a coisa errada no momento certo. Seja quando temos uma grande ideia quando a oportunidade de pô-la em prática já se foi, ou quando precisamos de uma grande ideia que não aparece na hora certa. Seja quando nos damos conta de que o bem-estar de poucos se sustenta na sobrevivências de tantos. Seja quando sorrimos quando todos esperavam que chorássemos, ou quando choramos quando todos esperavam de nós apenas um sorriso. Seja quando hesitamos quando queríamos saltar, ou quando saltamos quando o mais prudente seria esperar. Seja quando esperamos muito da vida e ela nos responde com um singelo sorriso, um sorriso muito mais belo, intenso e completo que tudo aquilo que desejávamos. Seja quando imaginávamos que estava tudo em seu devido lugar, e de repente nos damos conta de que nada está no lugar. Seja quando reclamamos do celular que não funciona, enquanto tantos sonham com um simples prato de comida. Seja quando esperamos de alguém milhares de palavras, e somos surpreendidos com um olhar que diz muito mais do que quaisquer palavras pudessem descrever.


A contradição faz parte, então, só somente da realidade que nos cerca, mas de nós mesmos, seres contraditórios e imcompletos, sejamos nós mais ou menos cientes da sua imcompletude...

domingo, 22 de novembro de 2009

Ato médico...

Caríssimas e caríssimos, para começar os comentários, vamos ao Ato médico...

Poderia um médico 'prescrever' tratamento psicológico ou psicoterápico a um paciente? Uma das consequencias seria a de que apenas os pacientes que pudessem ser 'encaixados' em algum critério diagnóstico ou categoria nosológica ganhariam a benevolência do médico de encaminhá-los ao psicólogo? Alguém por aí conhece algum médico que escuta o paciente, para além da pura e simplista descrição dos sintomas? Sinceramente, sabemos que isso é raro (não achei outra palavra...). E o sujeito que tem plena noção e interesse (desejo? rsrsrs) de buscar a escuta atenta e interessada, incondicional e empática de um bom psicólogo, devido à suas dúvidas, aos seus problemas, à suas esquivas, às suas repetições, à ausência de sentido de sua vida, aos seus pensamentos automáticos, à sua falta, e por aí vai... Ao médico interessa se o sujeito ouve vozes, ao psicólogo, interessa o que elas dizem. Ao médico interessa quais os sintomas, sua intensidade e duração, ao psicólogo interessa, para além disso, porque isso também, qual a história de vida daquela pessoa que ali está, o impacto que esses sintomas trazem à sua vida, os significados que ele atribui a eles, como lida com eles, o que faz deles. Ao médico cabe entender quais desequilíbrios neuroquímicos precisam ser reequilibrados, ao psicólogo interessa auxiliar o sujeito a identificar as contingências ambientais que o engendram, as distorções cognitivas que são fruto de sua história de vida, os sentidos e significados que atribue à sua vida, por onde passa seu desejo, aquilo que lhe falta, e tantas outras coisas...

Comentem à vontade!

Abraços!!!

sábado, 21 de novembro de 2009

Welcome, everybody!!!




Caríssimos e caríssimas, a ideia do blog é criar um espaço às minhas indignações e opiniões acerca das contradições do dia-a-dia...