Caríssimas e caríssimos, para começar os comentários, vamos ao Ato médico...
Poderia um médico 'prescrever' tratamento psicológico ou psicoterápico a um paciente? Uma das consequencias seria a de que apenas os pacientes que pudessem ser 'encaixados' em algum critério diagnóstico ou categoria nosológica ganhariam a benevolência do médico de encaminhá-los ao psicólogo? Alguém por aí conhece algum médico que
escuta o paciente, para além da pura e simplista descrição dos sintomas? Sinceramente, sabemos que isso é raro (não achei outra palavra...). E o sujeito que tem plena noção e interesse (desejo? rsrsrs) de buscar a escuta atenta e interessada, incondicional e empática de um bom psicólogo, devido à suas dúvidas, aos seus problemas, à suas esquivas, às suas repetições, à ausência de sentido de sua vida, aos seus pensamentos automáticos, à sua falta, e por aí vai... Ao médico interessa se o sujeito ouve vozes, ao psicólogo, interessa o que elas dizem. Ao médico interessa quais os sintomas, sua intensidade e duração, ao psicólogo interessa, para além disso, porque isso também, qual a história de vida daquela
pessoa que ali está, o impacto que esses sintomas trazem à sua vida, os significados que ele atribui a eles, como lida com eles, o que faz deles. Ao médico cabe entender quais desequilíbrios neuroquímicos precisam ser reequilibrados, ao psicólogo interessa auxiliar o sujeito a identificar as contingências ambientais que o engendram, as distorções cognitivas que são fruto de sua história de vida, os sentidos e significados que atribue à sua vida, por onde passa seu desejo, aquilo que lhe falta, e tantas outras coisas...
Comentem à vontade!
Abraços!!!