A esperança é a última que morre. Frase feita, usada por nós todo o tempo, quase sempre com o objetivo de dar a alguém, ou a nós mesmos, um sentimento de que nem tudo está perdido, ou de que uma fase ruim irá passar. Pandora abriu a caixa e somente a esperança permaneceu lá, antes de fechá-la. Todas as demais virtudes se foram. Mas fico pensando cá com os meus botões: a esperança é uma virtude? Será?
Penso que existem dois tipos de esperança: a esperança-caminho, aquela que nos põe 'sentados com a boca cheia de dentes' a simplesmente esperar, imóveis, estáticos, agarrados unicamente a ela, à esperança de que algo ocorrerá e mudará tudo, e a outra que é a esperança-alvo, aquela que carregamos enquanto agimos, que nos dá margem a esperar por algo melhor, sem nos parecer o último dos recursos.
Trazendo de volta a discussão sobre religião, tive sempre a impressão de que ela se sustenta mais na esperança-caminho do que na esperança-alvo. Embora haja sempre aquela ideia de que Deus ajuda, mas que teríamos também que fazer nossa parte, acredito que a imensa maior parte das pessoas não põe em prática tal ideia. Afinal, esperar que Deus, todo-poderoso, se compadeça do nosso sofrimento e tome as rédeas da nossa vida, e por nós faça o que cremos que tem que ser feito. Aí passamos a outra questão: responsabilidade. Esperar nos exime dela, já que não somos nós os que temos que fazer o que quer que seja, mas o outro.
Mas não só Deus, claro. Pode ser a esperança de que o outro note certa situação-problema e tome, por nós, a iniciativa de resolvê-la. Sem que tenhamos que mover sequer um músculo. Mas a esperança-alvo, como a chamei aqui, não congela ninguém. Tampouco exime de responsabilidade aquele que a tem, já que ela é apenas aquela certeza de que, com a luta pessoal, o esforço diário, as superações pessoais, alcançaremos o que almejamos. Ela é companheira de viagem, só isso. Ao lado dela viajamos. A outra, bom, a outra é aquela que esperamos que nos carregue no colo...
Retomando a frase: tenha-a, mas não dependa dela...
Abraços e bjos!
Penso que existem dois tipos de esperança: a esperança-caminho, aquela que nos põe 'sentados com a boca cheia de dentes' a simplesmente esperar, imóveis, estáticos, agarrados unicamente a ela, à esperança de que algo ocorrerá e mudará tudo, e a outra que é a esperança-alvo, aquela que carregamos enquanto agimos, que nos dá margem a esperar por algo melhor, sem nos parecer o último dos recursos.
Trazendo de volta a discussão sobre religião, tive sempre a impressão de que ela se sustenta mais na esperança-caminho do que na esperança-alvo. Embora haja sempre aquela ideia de que Deus ajuda, mas que teríamos também que fazer nossa parte, acredito que a imensa maior parte das pessoas não põe em prática tal ideia. Afinal, esperar que Deus, todo-poderoso, se compadeça do nosso sofrimento e tome as rédeas da nossa vida, e por nós faça o que cremos que tem que ser feito. Aí passamos a outra questão: responsabilidade. Esperar nos exime dela, já que não somos nós os que temos que fazer o que quer que seja, mas o outro.
Mas não só Deus, claro. Pode ser a esperança de que o outro note certa situação-problema e tome, por nós, a iniciativa de resolvê-la. Sem que tenhamos que mover sequer um músculo. Mas a esperança-alvo, como a chamei aqui, não congela ninguém. Tampouco exime de responsabilidade aquele que a tem, já que ela é apenas aquela certeza de que, com a luta pessoal, o esforço diário, as superações pessoais, alcançaremos o que almejamos. Ela é companheira de viagem, só isso. Ao lado dela viajamos. A outra, bom, a outra é aquela que esperamos que nos carregue no colo...
Retomando a frase: tenha-a, mas não dependa dela...
Abraços e bjos!