sexta-feira, 5 de março de 2010

Sete vidas...


De volta depois da dissertação, ainda respirando... (que dramático!). Assisti ontem esse filme aí, 'Sete Vidas', pra mim a melhor atuação do Will Smith, diga-se de passagem, e achei fantástico. Me fez pensar em uma porrada de coisas sobre a vida, além de me lembrar o post sobre o livro e a vida. O que acontece com os livros depois de escritos e acabados? O que fica, de verdade, de nós nos livros dos outros? E dos outros nos nossos livros? Qual a marca que deixamos nos livros de tantas pessoas com as quais encontramos? Quais as marcas que ficam de tantos cruzamentos de caminhos às vezes tão diferentes? E quais deixamos? Certamente nunca nos damos conta de forma exata quantas páginas ocupamos nos livros dos outros. Certamente também os outros nem tem ideia do espaço que ocupam nos nossos. E mais, e aqueles livros em que estamos presentes sem sequer sabermos disso? E quantas pessoas estão nos nossos sem que saibam disso? Claro que também existem aqueles que sabem-se em certos livros, como sabemo-nos em outros tantos. No filme, o protagonista toma os lápis das mãos de sete pesssoas sem que elas saibam, e inscreve-se em seus livros, em virtude da culpa de ter colocado o ponto final em outros sete. O faz com o intuito de transformar as histórias até então escritas. E o enredo bem construído vai se mostrando aos poucos. Fiquei pensando se certas pessoas sabem que estão no meu livro, se chegaram a ter noção da importância que tiveram. E outras que tiveram a elas dedicados apenas um parágrafo, mas um parágrafo lido e relido uma enormidade de vezes... E será se fiquei assim também inscrito em algum livro? Certamente. Não é narcisismo não, é que as relações que estabelecemos durante a vida são demasiado intrincadas e encadeadas que é impossível saber em quais e de que forma, mas sem dúvida estou por aí em alguns livros... Mas tem uma coisa: se lhe for possível dizer a alguém que ele ou ela faz parte e ocupa um lugar importante no seu livro, não perca a oportunidade de fazê-lo...

2 comentários:

  1. Bem bacana seu ponto de vista. Ele nos abre uma oportunidade de pensar que de fato o destino não existe. Que é inventado, apenas para tentar amenizar a dor do fracasso. As vidas são livros, escritos em conjunto o tempo todo sem descanso, uns se intrometendo nas páginas dos outros. Alguns ocupando poucos parágrafos e outros talvez mais da metade do conteúdo. No entanto, penso eu que mais importante que acumular páginas, parágrafos, letras, é ter conteúdo. Mais vale um livro fininho cheio de emoções, que um em 3 volumes entediante. Nesse ar filosófico me despeço, deixando mais algumas linhas no seu livro pra vc pensar. Sem mais...

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  2. Gosto de ir além disso....pq nossos livros se cruzaram? Penso que tudo é aprendizado! Sempre aprendo algo novo ou talvez velho, mas que dito de uma maneira diferente me faz repensar! Estamos juntos em nossos livros a uns 30 anos...eu to adorando! um beijo meu querido!

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